Prestes a realizar sua 10ª edição neste domingo, 11, a Parada Gay da Bahia vive um desafio: tornar-se um evento turístico para o Estado, a exemplo do que acontece em outras cidades como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Juiz de Fora (MG). De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), a expectativa é que um milhão de pessoas saiam às ruas de Salvador neste domingo para aproveitar as atrações e defender as causas do movimento gay. O número é minimizado pelos órgãos públicos, mas ainda sim expressivo. Segundo a Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador), são esperadas 700 mil pessoas na 10ª Parada Gay da Bahia. Movimentação que provocará a mudança no trânsito em pelo menos sete trechos do Centro dacidade, além de reforço nas linhas de ônibus que passam pela região do evento (veja quadro ao lado). Além disso, serão 1.050 policiais militares deslocados para realizar a segurança na região, e 50 sanitários químicos distribuídos no circuito. Turismo - Cerca de 70% das vagas em hotéis e pousadas de Salvador estão ocupadas, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (Abih). A média de ocupação hoteleira para a cidade é de 65%. Apesar disso, o presidente da Abih, José Manoel Garrido Cambeses, acredita que o incremento não está diretamente ligado à Parada Gay. “É o movimento normal do setor. Para atrair o turista, o evento precisa de mais visibilidade fora, não só do próprio grupo que o promove como também uma parceria com governo do Estado e prefeitura”, avaliou Cambeses.
Em São Paulo, no ano passado, estima-se que três milhões de pessoas participaram da Parada Gay, sendo 400 mil turistas. Em média, cada turista gastou R$ 1,5 mil com hospedagem, alimentação e transporte, segundo cálculos da prefeitura. A movimentação total foi de R$ 188 milhões. O evento só perde, em movimentação turística, para a Fórmula 1 e a Fórmula Indy.
Tendência - O secretário municipal de Turismo de Salvador, Cláudio Tinoco, admite que ainda não há uma venda da Parada Gay da Bahia como produto turístico, mas diz que o órgão já tem essa percepção: “Estamos estudando qual tendência o evento irá tomar. Em paralelo, é preciso criar outros roteiros e eventos atrelados à data, porque a parada por si só não atrai turistas simplesmente por seis horas de desfiles”.
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