O professor Allen Taylor contou ao jornal britânico Daily Mail desta quarta-feira que a polipílula que estão testando em pessoas de meia idade para prevenir ataques cardíacos e derrames é na verdade uma grande perda de tempo e de dinheiro, já que muitos pacientes deixarão de tomar o medicamento e outros terão efeitos colaterais.
Diversas versões do medicamento têm sido testadas com a combinação de baixas doses de aspirina, estatina para baixar o colesterol e dois medicamentos para abaixar a pressão e os médicos dizem que será mais em conta e mais conveniente aos pacientes tomarem apenas uma pílula do que adquirirem medicamentos separados para estes males. Os cientistas disseram que pessoas acima dos 55 anos deveriam tomar a polipílula para prevenir os problemas coronarianos.
Todavia, Taylor diz que a fórmula "um para todos" cancela os benefícios do produto. "Devemos melhorar o diagnóstico do problema ao invés de tentar massificar o tratamento. Estaremos supertratando a população ao usar a polipílula como maneira preventiva", disse, já que um a cada dois homens e duas a cada três mulheres não desenvolverão doenças cardíacas.
Em maio, um estudo divulgou que o medicamento múltiplo poderia salvar a vida de quem está no grupo de risco se tomada para sempre, mas um a cada quatro pacientes interrompeu o tratamento e dois terços se queixaram de efeitos colaterais.
"Essa pílula não vai funcionar. Pode ajudar uma minoria, porque muitos não vão tomá-la", defendeu Taylor.
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