O surto de meningite C em Costa do Sauipe aumentou a procura pela vacina nas clínicas privadas de Salvador e no litoral norte. Enquanto na capital a Datalab multiplicou por dez o número de doses aplicadas, nesta quarta-feira, 14, cinco equipes do Centro de Vacinação Luís Pasteur levaram 680 doses da vacina compradas por hotéis e pousadas de Praia do Forte, Porto Sauipe, Costa do Sauipe e Imbassaí. “A procura aumentou em 30%”, afirma a proprietária do Centro Luís Pasteur, Patrícia Abreu. Em Subaúma, distrito do município de Entre Rios, a 134 km da capital, moradores fizeram umamanifestação com cartazes pedindo a distribuição gratuita da vacina. A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) esclareceu, por meio de nota, que não é preciso tomar a vacina para visitar, hospedar-se ou trabalhar nas cidades do litoral norte, pois o risco de contágio naquela região não é maior que no restante do Estado. Também não há a indicação técnica para a vacinação em massa dos moradores, segundo a Sesab. Sob controle - Depois de quatro dias sem novos casos, o surto da doença continua sob controle, segundo a secretaria. Apenas hoje, passados cinco dias do último caso notificado, haverá uma segurança maior sobre o fim do surto, segundo explicou o secretário estadual da Saúde Jorge Solla na última terça-feira.
“A ausência de novos casos nos dá uma segurança muito grande de que o bloqueio (químico) foi eficaz”, avaliou Solla na ocasião. Cerca de 1.800 funcionários de Costa do Sauípe, além de parentes e pessoas que tiveram contato com as vítimas, receberam medicação para evitar a transmissão da bactéria causadora da doença. “Geralmente quem procura são jovens e adultos, indo pra Praia do Forte”, revela a técnica de enfermagem Iracema Reis, do Centro Médico Datalab, na Pituba. Por lá, ela viu a procura pela vacina saltar de cinco doses semanais para 50 por semana após surgirem as notícias sobre o surto. Em Salvador, a vacina custa de R$ 70 a R$ 100. “Não tem motivo para correr em pânico, mas é importante que os jovens e adultos se vacinem, independentemente do surto. É importante como sempre foi”, pontua a professora de infectologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Jacy Andrade.
Ela explica que o fim do surto não significa o fim da circulação da bactéria, pois há um percentual de pessoas que podem transportar a bactéria sem desenvolver a doença. São os chamados portadores sãos que, no entanto, podem transmitir a doença. Esse tipo de contágio ocorre também com outras enfermidades.
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