Tristeza não é depressão, mas muita gente está transformando esse sentimento tão comum em doença. Quem não conhece, nos dias de hoje, uma pessoa deprimida? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão já é a principal causa de incapacidade de trabalhar em pessoas que têm entre 15 e 44 anos. É claro que a doença atinge muita gente, mas é importante saber diferenciar um caso e outro. Afinal, ficar triste é natural, faz parte da vida e não precisa de tratamento médico.
No livro "A Tristeza Perdida – Como a Psiquiatria Transformou a Depressão em Moda" (Editora Summus), os autores Allan V. Horwitz e Jerome C. Wakefield levantam a questão, que teve início em 1980, quando a Associação Americana de Psiquiatria lançou uma nova versão do manual de diagnósticos, que hoje está na quarta versão.
Segundo os autores, o diagnóstico para distúrbios mentais se tornou generalista. Se alguém apresentar cinco sintomas de uma lista, é considerado depressivo. Para eles, no entanto, os médicos não se preocupam em questionar as circunstâncias. Dessa forma, a tristeza pode ser encarada como uma doença, que precisa ser tratada com antidepressivos, dando a impressão perigosa de que os medicamentos são a solução para todos os males.
Perfeita essa matéria, me deu uma ajuda enorme.
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