sábado, 22 de outubro de 2011

Mau tempo persiste no fim de semana


O fim de semana em Salvador deve permanecer com o céu nublado e chuvas esparsas. É o que estima o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Com o tempo chuvoso, os possíveis engarrafamentos exigem cuidados redobrados aos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que fazem provas nestes sábado e domingo.
"Vou me prevenir indo mais cedo do que já tinha programado", comentou o estudante do 3º ano, César Pimenta, 17 anos. Apesar de realizar as provas no mesmo bairro onde mora, na Federação, César prefere não arriscar: "Vou ter que ir de carro por causa da chuva e deve estar muito engarrafado. Então quero sair uma hora antes do planejado, pelo menos".
Os portões de acesso abrem às 12 horas e fecham às 13 horas (horário de Brasília). A recomendação é que os estudantes compareçam nos locais de realização das provas até as 12 horas.
Melhora - Os fortes ventos que assustaram a capital baiana nos últimos dias tendem a diminuir. Nas últimas 12 horas desta sexta,21, o Inmet registrou ventos de 26 km/h, bem abaixo do notificado na última quarta-feira (19), que chegou a 47,8 km/h. A média normal em Salvador, segundo a meteorologista do Inmet, Cláudia Valéria, é de 8 a 10 km/h.
No entanto, o que vem se agravando são as consequências por conta da chuva insistente. A previsão era de que a partir de hoje as condições instáveis do tempo cessassem. “Com isso, a Defesa Civil está em alerta”, disse o subsecretário de Defesa Civil do Município (Codesal), Osny Bomfim.
Segundo ele, os ventos continuam fortes, mas o perfil das ocorrências vem mudando. “Na quarta e quinta-feiras as queixas foram relacionadas aos ventos, como destelhamento e quedas de árvores. Como a chuva permanece, o solo vai encharcando e ameaças de deslizamento começam a surgir”, explicou. Até as 18 horas de ontem, foram notificadas 117 solicitações de emergência.
Entre elas, 10 alagamentos de área, 17 ameaças de desabamento de imóvel, duas ameaças de desabamento de muro, 23 ameaças de deslizamento de terra, 13 ameaças de queda de árvore, quatro árvores caídas, três avaliações de imóveis alagados, três desabamentos de muro, seis desabamentos parciais, quatro destelhamentos, uma pista rompida, uma ameaça de queda de poste e 30 deslizamentos de terra.
A moradora da Rua da Glória, no bairro de Águas Claras, Edna Moreira, 37 anos, teve a casa alagada. “Tive de fazer a comida para os meus filhos com água na altura do tornozelo, em tempo de pegar uma doença”, disse.
Ela relatou que no inverno do ano passado, a inundação atingiu 1,5 metro em sua residência. “O problema não é só a chuva. É a falta de saneamento. Já queimamos pneu, já fechamos rua, mas só tem promessa. Essa situação se repete todos os anos, a cada chuva”, afirmou.
Cuidados - Até o momento, segundo Bomfim, não há desabrigados nem feridos. “Ao observarem qualquer situação como rachaduras nos imóveis, ou deslizamento de terra, ou mesmo ameaças, devem entrar em contato conosco através do 199”, alertou.
Ele também chamou atenção para quem mora nas proximidades de rios e córregos.  “A população deve observar o nível de água que pode subir muito rápido. Em qualquer situação dessas é importante que nos acione o quanto antes, para que o nosso engenheiro vá o mais rápido possível ao local”, destacou.
Energia - A Coelba ressalta que triplicou o número de turmas de operação e manutenção para reforçar o atendimento aos clientes em Salvador e Região Metropolitana até que a frente fria se dissipe e que o número de ocorrências seja normalizado. As principais solicitações estão sendo nas áreas próximas ao litoral, a exemplo de Pituba e Itapuã, além de trechos dos municípios de Candeias e Lauro de Freitas.

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