segunda-feira, 27 de junho de 2011

Myrian Rios causa polêmica ao relacionar gays com pedofilia no Rio


A deputada estadual Myrian Rios (PDT - RJ) causou polêmica entre homossexuais e simpatizantes ao declarar-se contra a PEC 23/2007, que muda a constituição do estado do Rio incluindo a orientação sexual como direito fundamental.
Ao discursar na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), na última terça-feira (22), ela disse que não contrataria empregados gays para trabalhar em sua casa, já que eles poderiam praticar pedofilia contra seus filhos e utilizar a prerrogativa da PEC para se manter no emprego, mesmo após cometer o crime.
“Eu tenho que ter o direito de não querer um funcionário homossexual na minha empresa, se for da minha vontade. Digamos que eu tenho duas meninas em casa, seja mãe de duas meninas, e resolva contratar uma babá. E sssa babá mostra que a orientação sexual dela é de ser lésbica. Se a minha orientação sexual não for essa, for contrária, e eu querer demiti-la, eu não posso. Eu vou estar enquadrada nessa PEC, como preconceituosa e discriminativa. Ué são os mesmos direitos", afirmou.
Myrian Rios continuou o seu discurso, dizendo que "o  direito que a babá tem de se manifestar da orientação sexual dela como lésbica, eu tenho como mãe, de não querê-la na minha casa, para ser babá das minhas filhas. Me dá licença? São os mesmo direitos. Com essa PEC, eu vou ter que manter a babá na minha casa, cuidando das minhas meninas, e sabe Deus, se ela inclusive não vai cometer a pedofilia com elas. E eu não vou poder fazer nada. Eu não vou poder demití-la”.
Este é o primeiro mandato de Myrian Rios como deputada estadual. Em sua ficha no site da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), ela diz que tem duas formações - atriz e missionária católica.


Parentes gays
Ao final de seu discurso, a deputada disse que tem parentes gays, mas mesmo assim é contra a PEC 23/2007.
“Agora é um testemunho. Eu na minha casa, eu tenho primos e familiares lésbicas e homens homossexuais. O que eu posso fazer? São pessoas íntimas da minha família, que eu respeito, que eu amo, oro, rezo, clamo e vou fazer o que? É a opção sexual deles. Agora não os desrespeito, não sou preconceituosa, não deixo de conversar com eles, não deixo de amá-los como seres humanos e filhos de Deus. Mas não vou permitir que por uma desculpa de querer proteger ou para que se acabe com a violência e a homofobia, a gente abra uma porta para a pedofilia.”

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