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No final do ano passado, por exemplo, uma mulher foi condenada a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais a uma funcionária pública baiana após difamação contra a mesma no Orkut. “A criminosa copiou fotos da jovem, gerou montagens de cunho sexual em softwares de edição de imagens e criou um perfil falso da vítima”, detalhou o advogado. O caso está agora em fase de recurso.
Em todos os casos, Vieira aconselha que se procure ajuda o mais rápido possível: “Ainda existe muita dificuldade em identificar a origem desse tipo de mensagem, por isso quanto antes começar a busca melhor”.
Entre as clientes do advogado está uma jovem que também pediu para não ser identificada. Ela teve fotos íntimas publicadas na internet, pelo ex-namorado. “Imagens de foro íntimo foram divulgadas em sites nacionais e internacionais, mas conseguimos que os servidores fossem notificados e removessem as imagens”.
No caso de Ana, foram dois meses desde o início da perseguição até ela pedir ajuda: “Aguentei um tempo, mas quando vi que só piorava resolvi dar um basta. Cheguei a receber oito mensagens por dia, além de ligações com gritos e ameaças”.
Ana pensou em procurar uma delegacia, mas acabou sendo ajudada por um tio que trabalha na Polícia Federal. As suspeitas, aos poucos, foram sendo confirmadas. A partir de endereços IP (código que identifica uma conexão entre computadores), descobriu-se que as mensagens partiram de três lugares diferentes.“São duas pessoas envolvidas, uma delas é a ex-namorada de meu namorado e a outra é alguém que pensávamos ser uma amiga nossa”, revelou a publicitária.
No total, a perseguição durou oito meses. O último perfil falso foi apagado há três semanas, mas Ana se diz confiante: “Agora elas já sabem que isso não nos afeta e que nos uniu mais, por isso acredito que pararam”.
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